Por Miguel Passos*
De acordo com o site da HSM University (https://hsmuniversity.com.br), o termo “backoffice”, também chamado de retaguarda, refere-se ao departamento de uma empresa em que são feitos serviços não a um cliente, mas sim com a parte operacional e na área administrativa. Desta forma, áreas como finanças, RH, contabilidade, jurídico, etc. compõem o que costumamos chamar de backoffice de uma empresa.
Diferentemente da contabilidade, que no caso das pequenas e médias empresas, costuma ser terceirizada há décadas, a área financeira, entenda-se, rotinas de contas a pagar e a receber, tesouraria, conciliações bancárias, acompanhamento de fluxo de caixa, etc. costuma ser executada internamente, por funcionários da própria organização.
Existem ainda casos em que o backoffice financeiro é operacionalizado pelo próprio empreendedor. O resultado disso: enorme dispêndio de tempo e energia, menos vendas e, consequentemente, menos lucro!
A novidade é que a evolução tecnológica tornou muito mais acessível às pequenas e médias empresas os softwares de gestão financeira. Plataformas como Omie, Nibo, ContaAzul, dentre outras, democratizaram o processo de sistematização da área financeira dos negócios, antes restrito às grandes corporações com seus ERPs sofisticados e caros.
Além de permitir ao pequeno e médio empresário maior facilidade de operacionalização e controle das rotinas financeiras do seu negócio, essas novas plataformas viabilizaram uma nova forma de gestão dessa área tão importante – a terceirização, também conhecida como BPO financeiro.
Com o BPO financeiro é possível ao empresário terceirizar todas as rotinas de sua área financeira, trazendo para sua operação de backoffice uma série de benefícios. Abaixo, listamos alguns deles:
- Maior grau de profissionalização – profissionais especializados, processos estruturados e tecnologia reunidos para assegurar maior velocidade e qualidade no processamento das transações financeiras;
- Maior produtividade – mais tempo para o empresário focar na gestão estratégica do seu negócio;
- Segurança – informações armazenadas em nuvem e maior grau de automação e de integração de processos, garantindo a confiabilidade dos dados;
- Eficiência – integração com a contabilidade, mantendo a uniformidade das informações desde a sua origem e propiciando ao contador condições tornar o seu trabalho mais produtivo e analítico;
- Menor custo e risco – diminuição de custos operacionais e redução de passivos trabalhistas.
Dito isto, não é de se estranhar que a cada dia cresça a demanda por este tipo de serviço. Já existem no mercado empresas especializadas só em BPO financeiro e alguns escritórios de contabilidade também começam a oferecê-lo.
Opções não faltam, porém, é importante pesquisar e entender os detalhes do serviço oferecido. É comum, por exemplo, confundir as atividades de um BPO contábil com as de um BPO financeiro. São áreas afins e complementares, porém, bem diferentes.
Enfim, não faltam boas razões para optar pela contratação de um BPO Financeiro, ainda mais em se tratando de um pequeno ou médio negócio.
*Miguel Passos é Contador, especialista em Finanças e Controladoria e Sócio Fundador da FAPS BPO Integrado.